sexta-feira, 16 de setembro de 2011

É ou não pecado se masturbar? A Bíblia não diz nada.


Esta é um pergunta que a maioria das pessoas evangélicas não gosta de responder.

É ou não pecado se masturbar, o que a Bíblia diz sobre o assunto?

A resposta é simple: NADA.


Calma, deixe-me te explicar:

A bem da verdade, a tradição religiosa, baseada em uma errônea interpretação do episódio de Onã ,(Gn38:8-10) que interrompia o coito, derramando seu sêmen no chão, tem classificado essa prática entre os mais terríveis pecados.
Deus não castigou Onã simplesmente por interromper seu coito, e sim porque ele assim agia por saber que o fruto daquela relação seria contado como descendência de seu irmão, e não dele. Além do mais, Onã não estava se masturbando, e sim interrompendo a relação. Fora essa passagem, não há qualquer outra que fale direta ou indiretamente sobre ejacular fora da relação sexual.

Diante do silêncio da Bíblia, o que devemos fazer?

Entenda, cientificamente falado do assunto:
A masturbação é um fenômeno comportamental que pode ser verificado em pessoas de todas as faixas etárias. Na infância ela surge como uma forma de descoberta progressiva do corpo, e é considerada pelos psicólogos como uma fase natural da evolução da sexualidade. Ninguém tocar alarde por flagrar uma criança brincando com seus órgãos genitais. Isso é simplesmente natural.

Mas é na adolescência que a masturbação atinge sua maior incidência. Essa fase é caracterizada por uma explosão dos hormônios, o que faz com o adolescente se sinta impulsionado a masturbar-se na “maioria das vezes”.
Alegar que tal prática dá espinhas, ou provoca qualquer tipo de anomalia psíquica, não passa de mito, e já não convence nossos jovens e adolescentes como motivo evitá-la.

Não se espante...

Tal prática é também encontrada entre indivíduos adultos, e até casados. Principalmente quando privados da presença do cônjuge por um longo espaço de tempo. Há também aqueles cujos cônjuges ficaram inutilizados por alguma enfermidade ou acidente, e para manterem-se fiéis a estes, preferem masturbar-se.
 
Fonte do gráfico.
Pesquisa O Crente e O Sexo - 2011 - Evangélicos CASADOS www.bepec.com.br

A grande verdade é esta:
Masturbar-se não faz mal à saúde. Mas pode fazer mal à alma.






 - Ou seja, problema não está na fricção que se faz no órgão sexual para se obter prazer. O problema está no tipo de pensamentos fantasiosos que é alimentado durante o ato. Ninguém se masturba pensando em futebol, nem na mensagem que foi pregada no último domingo. Geralmente, imagina-se situações eróticas com pessoas conhecidas. E é aí que mora o problema. Principalmente quando a personagem da fantasia pode ser uma pessoa que tenha um relacionamento(noivo, namorando,etc.)ou ate alguém casada(o).
                                                    
                                                  Não se engane.
Estímulos externos, como revistas pornográficas, sites eróticos, ou coisa semelhante, também são condenáveis por Deus, porque reduzem o ser humano a um mero objeto de prazer.  Mesmo não falando diretamente deste assunto, a Bíblia nos alerta para que evitemos até a aparência de imoralidade sexual (Efésios 5:3). Sendo assim não vejo como a masturbação possa passar neste teste específico.
Indo mais além, devemos nos lembrar de um detalhe: o de que nossos corpos, assim como nossas almas, foram redimidos e pertencem a Deus. "Ou não sabeis que o vosso corpo é o templo do Espírito Santo, que habita em vós, proveniente de Deus, e que não sois de vós mesmos? Porque fostes comprados por bom preço; glorificai, pois, a Deus no vosso corpo, e no vosso espírito, os quais pertencem a Deus" (I Coríntios 6: 19-20). Se há lugar para dúvida quanto a algo agradar ou não a Deus, então é melhor abolir tal prática.

Saiba disto:
Para que o ser humano não se enveredasse pelo caminho do auto-erotismo, Deus criou um mecanismo através do qual ele pudesse aliviar suas tensões, descarregando sua libido. Trata-se dos chamados sonhos eróticos.
São muito comuns na vida dos jovens e adolescentes, “Como manifestações normais da sexualidade, os sonhos noturnos, antes de algo condenável, são uma excelente ajuda para a castidade”. Ninguém deve se sentir culpado por causa de tais sonhos. Deus os permite provavelmente para que ninguém necessite buscar alívio de outra maneira.

                                                         Conclusão.
Esta grande verdade deve pesar em relação ao que fazemos e até onde chegamos no que diz respeito a nosso corpo. Então, à luz destes princípios, definitivamente, devo dizer que a masturbação “ intencional e voluntária ”, de acordo com a Bíblia, é pecado.

Fontes:
Com textos corrigidos e adaptados por mim.


 


Se existe uma verdade a ser refletida, esta verdade é esta:
_É fácil manter a confiança em Deus quando o contexto é favorável, quanto o problema é contornável, quando os envolvidos são confiáveis, quando as medidas a serem tomadas são palpáveis. Mas, e quando não?...

Aqui é que surge uma questão: como confiar quando os fatos são contrários, quando Deus se torna “indisponível”, ou o céu mostra-se impermeável, quando o “telefone” do Altíssimo fica dando “caixa postal”? O que fazer no momento em que as coisas, aparentemente, não possuem sentido ou lógica, e o caos aproximam-se de nós com um apetite voraz?



O profeta Habacuque sabia a resposta para isso. Este homem suigeneris, (latim "único em seu gênero") pois, ao invés de começar seu ministério confrontando aos homens, ele parte para questionar o próprio Deus. No coração de  Habacuque não existem “salamaleques” para com o sagrado, ele é um ser perplexo em busca de respostas, assim como devemos ser.

A questão central no livro de Habacuque é o afastamento de Israel da comunhão e intimidade com Deus. Profeta do período pré-exílico, ele constatou que o bem se afastara da vida dos seres humanos, assistiu ao desvirtuamento das relações, viu o poder sendo usado para esmagar o próximo, o estabelecimento da corrupção, da volúpia por sangue, da ganância, do desamor como praxis, ou seja, a inexistência de todos os matizes dos quais é constituída a matriz de valores do Evangelho.

Depois de insistentes questionamentos sobre o fato de Deus está, aparentemente, inerte a toda aquela situação, Habacuque recebe, então, a sua resposta. Foi impossível não lembrar de Guimarães Rosa “esperar é reconhecer-se incompleto”. Ah, coisa difícil é esperar... sobretudo, esperar por Deus... Ele parece sempre estar indisponível no dia da calamidade, da dor, da solidão, da tragédia.

Todavia, a resposta que Deus deu ao profeta não lhe agradou. Ele estava preparando, como “vara de juízo” sobre o Seu povo, uma nação ainda mais perversa, corrupta e dura: os Assírios. Aí o profeta foi à loucura! “Como assim Deus?! Você vai nos disciplinar usando gente mais corrompida do que nós mesmos?!”.

Sei que não está escrito no livro de Habacuque, mas, neste ponto, penso que Deus questionou o profeta: “afinal, você confia ou não confia?”. E é justamente aí, em meio à perplexidade, ao inexplicável, ao ilógico, ao contraditório, ao irracional, ao desconexo, que surge um homem resignado a obedecer e aceitar os desígnios do amor de Deus, pois, mesmo quem ama, tem de ser firme.


A lição que tiramos da vida deste homem é que confiar não é uma ação que nasce na consciência, mas no coração. Confiar é lançar-se no absurdo, no insondável, é abrir mão de racionalizações, de conjecturas. Confiar é resignar-se, aquietar-se, render-se, sublimar-se, é ir na contra-mão, no contra-fluxo, esperar o inexplicável, aguardar o improvável, ter a certeza de que, ainda que contra todas as evidências, Deus nos fará bem e nos trará a paz.




Habacuque nos ensina que ainda que o fluxo natural da existência  – “mesmo não florescendo a figueira, não havendo uvas nas videiras; mesmo falhando a safra de azeitonas, não havendo produção de alimento nas lavouras, nem ovelhas no curral nem bois nos estábulos”, seja, por algum motivo, alterado, ainda assim ele confiará no Senhor, pois diz: “exultarei no Senhor e me alegrarei no Deus da minha salvação”.

O nome Habacuque significa “abraçado por Deus”. Não sei o que se passa em sua vida, mas eu, particularmente, tenho vivido dias muito difíceis... Algo, entretanto, me fala ao coração: “filho muito amado, foste fiel no pouco, sobre o muito te colocarei, recebe o abraço do teu Pai”. E eu lhe pergunto: “do que mais precisarei?”.  

Pense nisto e fique na paz.